23 de setembro de 2013

A ARTE DE COMER BEM


Olá pessoal!

Como hoje é segunda-feira (dia internacional da dieta) vamos bater um papo sobre a arte de se alimentar bem. 

A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e proteção à saúde. Esta afirmação é defendida mundialmente por profissionais da área, mas até que ponto o ser humano tem conhecimento da importância de uma alimentação saudável?

Uma dieta deve ser composta por alimentos capazes de fornecer quantidades adequadas de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras), micronutrientes (vitaminas e sais minerais) e fibras ao organismo. Para isso, é necessário ingerir, TODOS OS DIAS, alimentos variados, pois apresentam nutrientes diferentes entre si, mantêm o corpo mais saudável e ajudam a prevenir doenças. A falta ou excesso de um ou mais destes elementos pode levar o organismo a um desequilíbrio uma vez que exercem funções específicas.

Uma pessoa mal nutrida, com alimentação pouco variada, sente-se fraca, apresenta irritabilidade e desânimo, perde a vontade de trabalhar, de fazer exercícios, de pensar e de executar qualquer atividade que dependa de esforço muscular ou cerebral. Você já se sentiu assim algumas vezes? Pare para pensar no que está comendo, talvez você encontre a solução para este seu problema, simplesmente melhorando aquilo que coloca no prato.

Pessoas acima do peso também podem apresentar deficiência de alguns nutrientes, pois a dieta pode ser nutricionalmente inadequada, a quantidade nem sempre significa qualidade. E este é o ponto chave, comer bem não significa comer muito.

Nenhum alimento é considerado completo do ponto de vista nutricional, portanto dietas que aumentam alguns nutrientes em detrimento de outros não são adequadas. Cada alimento contém algum tipo de nutriente predominante e é necessário consumir uma variedade de alimentos DIARIAMENTE para que as exigências de carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e fibras possam ser supridas.

Vamos entender um pouco melhor o que é uma alimentação equilibrada:

Os carboidratos fornecem energia e devem representar cerca de 50% a 60% das calorias do cardápio diário. Prefira sempre a versão integral (com fibras), como por exemplo: arroz integral, pão com fibras, massas integrais, etc. Os tubérculos também entram nesse grupo: mandioca, cará, nhame, mandioquinha. E atenção: o milho é um carboidrato, ou seja, ele substitui o arroz.

As proteínas têm função de construir e conservar os tecidos e músculos, além de auxiliarem a formação de hormônios e de enzimas que catalisam as reações químicas do organismo. Equivalem à cerca de 10% a 15% das calorias. Estão presentes no leite e derivados, grãos (feijão, ervilha, soja, quinoa, amaranto), carnes, aves, peixes e ovos.
        
As vitaminas e minerais são essenciais à saúde, pois são considerados reguladores e participam de vários processos metabólicos do corpo. As vitaminas também têm papel importante na formação de hormônios, células sanguíneas, substâncias químicas do sistema nervoso central e material genético. Podem ser lipossolúveis (A, D, E, K) ou hidrossolúveis (B, C). As principais fontes são as frutas, verduras e legumes.
        
As gorduras também são fundamentais, pois fornecem ácidos graxos essenciais que não são sintetizados e ajudam no transporte e absorção de vitaminas lipossolúveis. Como são muito calóricas, o consumo deve ser moderado (30% do valor calórico diário total). Há três tipos de gorduras nos alimentos: saturadas, monoinsaturadas e poliinsaturadas. As saturadas podem propiciar o aumento do LDL colesterol (ruim), favorecendo a aterosclerose e doenças do coração, além de reduzir o HDL colesterol (bom). Estão presentes no leite, nata, queijo, manteiga, nas gorduras de carnes e aves, e em alguns alimentos de origem vegetal, como óleo de coco e cacau, mas nestes dois últimos a absorção ocorre de forma diferente, sem prejuízos ao organismo se consumidos com moderação. Entretanto as gorduras monoinsaturadas encontradas nos azeites extra virgem, no abacate e nas nozes ajudam a reduzir o LDL. As poliinsaturadas se encontram nos óleos de peixe, canola, soja, girassol e sementes oleaginosas. Cuidado: os óleos refinados são ricos em ômega 6 o qual deve estar em equilíbrio com ômega 3 (encontrado por exemplo nos peixes, na linhaça, na chia). O alto consumo de ômega 6 e a baixa ingestão de ômega 3 são responsáveis por muitos problemas de saúde de origem inflamatória. Se você acompanha sempre o blog deve lembrar do post sobre as gorduras trans, estas devem estar fora do cardápio!!!

Além das tarefas de cada grupo descritas acima, os alimentos contêm substâncias importantes para prevenção da saúde e melhora da qualidade de vida. Bons exemplos são: brócolis, couve, berinjela e uva que contém flavonóides e atuam como preventivo à aterosclerose e ao câncer.

A aveia e certos tipos de leguminosas que possuem fibras solúveis auxiliam na redução do colesterol e dos níveis de glicemia no sangue.

Os cereais integrais, verduras folhosas e alguns legumes são ricos em fibras insolúveis evitando a constipação e o risco de doenças intestinais.

Os peixes possuem ômega-3 auxiliando na redução dos triglicérides.

Os alimentos antioxidantes são substâncias que neutralizam a ação dos radicais livres produzidos no organismo, relacionados ao envelhecimento, surgimento de rugas e diversas patologias, como câncer, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e catarata. Alguns nutrientes considerados antioxidantes são as vitaminas C e E, o betacaroteno, e os minerais como selênio e zinco. Entre as fontes de betacaroteno estão as folhas verde-escuras, abóbora, cenoura, tomate e mamão. Já a vitamina C é encontrada em frutas cítricas, brócolis e espinafre. A vitamina E está presente no óleo de milho, de girassol e oleaginosas; o selênio na castanha do Brasil, peixes e carnes; e o zinco nos cereais integrais, na carne e no germe de trigo.

Vamos lá pessoal!! Começar a semana fazendo tudo certinho!!
Um abraço e até o próximo post!

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