1 de outubro de 2014

ALIMENTAÇÃO INFANTIL PARTE 2 - ALEITAMENTO ARTIFICIAL

Olá pessoal!



Continuando o assunto sobre alimentação infantil, vou falar um pouquinho sobre aleitamento artificial.

Como falei no post anterior, o leite materno é o alimento perfeito para os bebês, mas infelizmente algumas mães não conseguem amamentar por diversos motivos. Com isso são obrigadas a utilizar fórmulas industrializadas que devem ser escolhidas de acordo com cada criança.

Inicialmente a alternativa ao leite materno era somente o leite de vaca, in natura ou em pó. Mas graças a Deus a tecnologia foi evoluindo para fórmulas comerciais, hoje especializadas e segmentadas para atender diversas demandas. Porém o que temos hoje no mercado ainda não consegue chegar próximo aos requisitos necessários para uma nutrição eficiente. Mas, mesmo limitadas, as fórmulas comerciais podem ajudar os bebês que de alguma forma não conseguem receber o leite materno, a suprir suas necessidades para o seu desenvolvimento.

O que não me agrada é a banalização do uso de fórmulas industrializadas, em detrimento da amamentação exclusiva, comprometendo o desenvolvimento adequado das crianças tornando-as mais susceptíveis a desequilíbrios nutricionais que poderão trazer consequências para a vida toda. Não concordo quando o consumo de fórmulas passa a ser a primeira opção de alimentação, sem haver a tentativa da amamentação, ou até mesmo da opção de se recorrer a um banco de leite.

A amamentação exclusiva é comprovadamente a única maneira de proporcionar a alimentação ideal no início da vida. As fórmulas não são iguais ao leite materno, nunca!! Elas são opções, mas não são iguais! A alimentação artificial está associada ao risco aumentado de mortalidade infantil por doenças infecciosas e desnutrição, assim como anemias, comprometimento do crescimento e desenvolvimento, aumento das alergias alimentares e desenvolvimento de doenças crônicas.

Na impossibilidade do bebê ser amamentado exclusivamente até os 6 meses, será necessária a introdução das fórmulas industrializadas ou mesmo outros substitutos do leite materno. A decisão de qual substituto adotar vai depender da avaliação de diversos aspectos e aceitação do bebê. 

Os produtos são divididos em algumas categorias:

- Fórmulas infantis para lactentes: são destinadas à alimentação de lactentes, até os 6 meses de idade, sob prescrição de um médico ou nutricionista para substituição parcial ou total do leite humano.

- Fórmulas infantis de seguimento para os lactentes: são destinadas à alimentação de lactentes, a partir dos 6 meses de idade para substituição do leite materno.

- Fórmulas infantis para necessidades dietoterápicas: são fórmulas cuja composição foi modificada para atender as necessidades específicas decorrentes de alterações fisiológicas, como por exemplo redução da lactose para crianças com intolerância, proteínas do leite parcialmente ou totalmente hidrolisadas para bebês com alergias. 

- Fórmulas de nutrientes para recém -nascidos de alto risco: indicado para alimentação de recém nascidos prematuros ou de alto rico.

- Fórmulas infantis de seguimento para crianças na primeira infância: destinadas a crianças de 1 a 3 anos de idade. 

- Leite: diferente das fórmulas infantis. Seja fluido ou em pó é o produto a base de leite de vaca in natura, mantendo suas características originais. Todas as sociedades de pediatria, inclusive a brasileira, não recomendam a utilização do leite de vaca ou de soja no primeiro ano de vida do bebê, se a criança tive histórico de alergia na família (pais). 

Importante salientar que o Pediatra ou Nutricionista é quem deve determinar qual a melhor opção para a criança, levando em consideração todos os aspectos fisiológicos, financeiros e aceitação. Hoje temos inúmeras opções no mercado que devem ser escolhidas com critério!

Geralmente as fórmulas são divididas de acordo com a faixa etária, e variam conforme o objetivo a ser atingido: sem restrições, redução de lactose, proteínas do leite parcialmente ou totalmente hidrolisadas, anti-refluxo, anti-gases, especificas para erros inatos do metabolismo, etc. Acho que deu para perceber a importância do médico ou nutricionista na escolha da melhor opção!

A mamadeira também merece atenção especial! A melhor seria a de vidro, porém além de ser difícil de ser encontrada é mais cara. Se optar pela de plástico a mesma deve ser sem bisfenol - substância tóxica (já é lei aqui no Brasil, mas não custa nada ficar atento). Lembrando que quando o bebê experimenta a mamadeira, muitas vezes passa a rejeitar o peito, portanto esta escolha deve ser muito bem pensada!

Fonte: Carreiro, 2010


No próximo post, falarei sobre a introdução dos alimentos na primeira infância, não perca!


Um abraço e até a próxima!








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